Por que a Starbucks não reciclará seu copo de papel

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Quando você joga fora aquele copo de papel branco usado na lixeira do lado da porta de um Starbucks, você fez sua parte para salvar o planeta? Durante muito tempo, a Starbucks esperou que você pensasse assim.

Afinal de contas, não há melhor forma de atrair uma clientela próspera e com consciência ecológica do que convencer os clientes de que seu produto descartável é “renovável”. Então, em 2008 a empresa de café anunciou que até 2015 ofereceria reciclagem em todas as divisões operadas por ela.

Parecia o mínimo que a Starbucks – que vende 4 bilhões de copos descartáveis por ano – podia fazer. O gigante do café possui os meios financeiros para instalar lixeiras de reciclagem com chapas de metal dourado em todas as suas lojas se quiser.

Contudo, na semana retrasada, a Starbucks disse no seu Relatório de Responsabilidade Global de 2013 que não cumpriria com suas metas de reciclagem em 2015 – se é que alguma vez conseguirá. Aliás, a cinco anos do começo do programa, a empresa tinha conseguido implementar a reciclagem para clientes em somente 39 por cento das lojas operadas por ela.

O que deu errado? O fracasso é menos pela falta de compromisso da Starbucks do que pela crença quase totêmica de que simplesmente porque algo pode ser reciclado isso significa que pode ser reciclado economicamente. Em outras palavras: boas intenções não transformam copos usados da Starbucks em novos – são as intenções de lucro que fazem isso. E por enquanto, não há dinheiro nisso.

Primeiro, os copos da Starbucks são revestidos em plástico para evitar que vazem, e esse plástico deve ser removido antes de poder transformar os copos em papel novo. Na verdade, há tecnologia para remover esse revestimento. Mas os recicladores só se incomodarão se tiverem suficientes copos para justificarem a realização do processo de forma regular.

Paradoxalmente, o problema é que os clientes da Starbucks não jogam fora suficientes copos para tornar a reciclagem uma opção viável. Em 2010, por

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