Populismo
A perda de prestígio e força política da classe dominante juntamente com uma massa proletária alienada de sua forca no meio social e um líder político carismático capaz de mobilizar todo o poder da nação, em um contexto pós-crise econômica associada a uma crise política é o que se trata como o maior fator para a ascensão dos atualmente denominados governos populistas. Assim, durante século XX se pode notar uma grande manifestação de governos populistas na América Latina. Governos que seduziram a massa trabalhadora para que ficassem ao lado do Estado, utilizando-se da concessão de benefícios sociais e, por outro lado utrilizand0-se disso para a perpetuação elitista no poder. A transição de uma sociedade agrária em sua essência para uma sociedade em busca de sua modernização e voltada para o ramo industrial nacional, destacando a intervenção estatal na economia também é considerada como marca destes governos populistas. O sistema comumente conhecido como populismo ocorreu entre as décadas de 1930 e 1960, especificamente, nos países da chamada América Latina e que tinham uma industrialização recente, justamente no momento em que houve a transição para uma economia industrial, como a formação de uma sociedade urbana. Surgiu através da aliança entre o empresariado nacional, as classes médias e os operários, ou seja, trabalhadores que apoiavam também o discurso nacionalista contra a invasão do capital estrangeiro. Pode-se atribuir a origem desse fenômeno à rápida urbanização promovida pela industrialização e modernização vindas do nacionalismo industrial das décadas de 1930 e 1940. Dos anos 1940 aos anos 1960, o populismo teria duas características principais e absolutamente indissolúveis: a econômica, trazida pelo processo de industrialização que acontecia na época e, reconhecido como exitoso no país; e a política, mais complexa e ambígua em termos de diagnósticos, materializada pela experiência da democracia. O populismo foi um fenômeno de