População escrava na Bahia e a Família escrava e as delimitações da escravidão
Stuart B. Schwartz é PhD pela Universidade de Columbia, professor titular de história na Universidade de Yale e editor da Cambridge History of Native People of Americas e da Hispanic American Historical Review. Entre vários estudos, publicou Burocracia e sociedade no Brasil Colonial (Brasiliense, 1978), Escravos, roceiros e rebeldes (Edusc, 2001) e Segredos Internos: engenhos e escravos na sociedade colonial (Companhia das Letras,1988). O texto a População escrava na Bahia e a Família escrava e as delimitações da escravidão, são pertencentes ao livro Segredos Internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, nestes dois capítulos o autor busca apresentar inicialmente as características demográficas do tráfico Atlântico e posteriormente a conjuntura familiar e social desses escravos provenientes da África tanto como de seus descendentes já naturalizados brasileiros. O aumento da importação escrava foi um fator que influenciou de forma bastante eficaz na constituição da sociedade brasileira, em especial da sociedade baiana, que assumiu um grande contingente de escravo durante o período colonial. A Bahia permaneceu durante muito tempo sendo um terminal de tráfico de escravos, satisfazendo também o comércio interno com as demais províncias. Deste modo, a influência direta desta ligação entre Bahia e África é um fator importante na construção da sociedade baiana tanto na interferência na vida desses africanos recém chegados como nas transformações sofridas com esse advento. O autor afirma que existia uma interligação entre Portugal, África e Brasil e essa ligação ganhou impulso a partir da colonização da Angola por Portugal. De forma interna essa transação poderia ser percebida na dependência mútua dos engenhos de açúcar e do tráfico negreiro. Padre Vieira afirma em sua celebre frase, “ quem diz açúcar diz