população economicamente ativa do brasil 1970 até 2012
No período de 1940-1990, a força de trabalho feminina passou de 2,8 milhões para 22,8 milhões de pessoas, aumentando sua participação na população ativa do país de 19% para 35,5%. Em 1940, quase a metade (48%) da população ativa feminina estava concentrada no setor primário da economia. Em 1990 mais de dois terços (74%) da população ativa feminina estava concentrada no setor terciário, principalmente em algumas atividades, como serviços comunitários, serviços de educação, serviços de saúde e serviços domésticos.
Os dados acima mencionados resumem as principais características da força de trabalho feminina: embora crescente, é proporcionalmente pequena e profissionalmente marginal. Vamos explicar:
É proporcionalmente pequena porque, apesar de a mulher constituir maioria na população do país, sua participação no mercado de trabalho é de apenas 35,5%.
É profissionalmente marginal porque a grande maioria das mulheres que participam do mercado de trabalho exerce atividades de média e baixa qualificação profissional.
Além da pequena participação no mercado de trabalho e a marginalização profissional, existem vários outros problemas relacionados à população ativa feminina:
Os rendimentos salariais da mulher são, em geral, muito inferiores aos dos homens. Em 1990, dos trabalhadores que ganhavam até meio salário mínimo, 62% eram mulheres, e dos trabalhadores que ganhavam de 5 a 10 salários mínimos, 73% eram homens. Os baixos salários são uma das razões que explicam a preferência de muitas empresas pela mão-de-obra feminina.
A dupla jornada de trabalho ou trabalho redobrado (no emprego e no lar) que sobrecarrega violentamente a mulher.
Além de perceberem baixos salários e de exercerem a dupla jornada de trabalho, as mulheres são vítimas de preconceitos (por exemplo, o da chamada "inferioridade" do sexo feminino em relação ao masculino) e abusos (por exemplo, o assédio sexual no