Políticas Públicas

É de notório conhecimento que as políticas públicas dependem e estão vinculadas a decisões políticas que são os mecanismos de alocação imperativa, que deriva do poder extroverso do governo, de valores envolvendo bens públicos.
Também não é novidade que governos são substituídos de tempos em tempos, alternando entre situação e oposição, e a resultante desse processo é a desativação ou suspensão de projetos, programas e políticas públicas que até poderiam estar dando bons resultados no primeiro governo, mas como se tornam em propaganda contrária ao opositor, não merecem ter a sua continuidade mantida pelo novo governo da situação. Esse é um revés da dependência da política pública em relação à política de um governo antigo sendo sucedido por outro que se opõe a ele. O problema é que não é o interesse público que dá o norte para essas decisões e, nesse momento, fica distante da lembrança os princípios que regem a Administração Pública.
Nesse sentido a sociedade deveria cobrar a primazia do interesse público sobre o privado e a impessoalidade dos governos a fim de fazer valer políticas públicas que verdadeira e efetivamente alcançam o objetivo de satisfazer suas necessidades. A política, quando decide por um caminho em detrimento de outros, deve estabelecer prioridades e determinar metas a serem alcançadas sempre com vistas ao atingimento do interesse público e do desenvolvimento sócio-econômico. É claro que isso depende também da moralidade intrínseca do agente público.
Outra dificuldade na interdependência desses conceitos está na capacidade de diferentes grupos e atores de reivindicar seus objetivos conforme a sua força e capacidade de persuasão como se verificou há pouco tempo no país nos casos que ficaram conhecidos como Lei das Palmadas e as reivindicações do movimento LGBT. Essas questões colocam em campos opostos diversos grupos e o governo no centro como mediador e decisor da pauta, que age, ou tenta agir, na resolução pacífica dos conflitos. O que torna