Políticas Fiscal e Monetária – Contracionista ou Expansionista?
Há, no âmbito da economia, um debate incansável sobre como uma crise deve ser abordada, do ponto de vista monetário e fiscal, para que esta seja solucionada de forma que não afete o mercado e os cidadãos profundamente. Existem instrumentos expansionistas e contracionistas em ambas as políticas, e como o caso da recente crise europeia nos mostra, um instrumento contracionista pode causar tantos danos quantos benefícios ao seu mercado e à sua saúde econômica. O seguinte trabalho delimita alguns destes instrumentos, como estes foram utilizados na zona do euro e quais foram seus impactos, e finalmente como estes podem influenciar o desemprego.
Características principais dos instrumentos de política monetária e fiscal
Tanto a política fiscal quanto a monetária podem lançar mão de medidas expansionistas ou contracionistas na tentativa de, respectivamente, controlar a liquidez da moeda e manter a economia crescente e estável através da definição de gastos públicos e impostos.
No caso da política fiscal, ela é expansionista quando se visa o estímulo da demanda agregada durante períodos de recessão; seus mecanismos mais utilizados são o aumento da despesa pública (o que aumenta a demanda de trabalho e resulta em mais pessoas recebendo salário e aumento de produção) e a redução da carga tributária (o que causa mais consumo e maior investimento das empresas). No entanto, este tipo de política gera déficit e aumenta a dívida pública se este não for coberto com a emissão de títulos pelo governo. Por outro lado, a política contracionista acontece quando o que se quer é diminuir a demanda agregada quando a economia está demasiadamente aquecida e a inflação por consequência se encontra crescente. Seus mecanismos envolvem a redução de gastos governamentais (o que desacelera a produção) e o aumento dos impostos (o que reduz igualmente o consumo e o investimento das empresas).
No caso da política monetária, ela é contracionista quando se diminui ou se mantém