Política

Quando Aristóteles (384 a.C – 322 a.C) diz ser o homem um animal político, ele simplesmente explora o fato de que, por ser dotado de razão e de linguagem, o homem está essencialmente ligado à pólis, tendo em vista a ética e a política como meios de vida baseados na racionalidade deste mesmo homem. A política aristotélica é considerada a doutrina moral social e está diretamente relacionada ao Estado, tendo a virtude como seu último fim, por sua vez, tal virtude não pode ser alcançada sem a moral, logo, sem a política.
Não obstante, avançando-se um pouco mais na linha cronológica, encontra-se na Idade Moderna inúmeros conceitos do termo “política” e sua finalidade. John Locke, sendo um dos primeiros a refutar os ideais absolutistas e a teoria do direito divino dos reis, buscou sua fundamentação na vertente contratualista, defendendo a liberdade individual do homem e sua igualdade perante o outro, pois estava no contrato a base do governo e a fixação de seus limites; Thomas Hobbes, em sua obra “O Leviatã”, diz ser o Estado a única fonte reguladora da sociedade, com total força racional e imperativa sobre os homens, pois só em sociedade o homem deixaria de ser um lobo para o outro; Montesquieu até hoje é referência para a maioria dos sistemas republicanos, estabelecendo na divisão dos poderes e na liberdade humana uma maneira de fazer valer a política como melhor meio de conviver em comunidade; por fim, está em Rousseau a maior influência do ideal democrático contemporâneo, pois este desenvolveu o pensamento do “Contrato Social”, que visava levar o homem à sua bondade natural, estipulando entre o povo e o Estado uma condição de bilateralidade de direitos e obrigações, e eliminando a desigualdade social.
É preciso valer-se da essência dos pensamentos acima para criar uma noção do conceito de política, pois, obviamente, em caráter geral, não pode-se afirmar que todas essas ideias foram perfeitas em prática ou até mesmo elaboradas para a visualização do bem comum,