Politicas públicas de saúde

5729 palavras 23 páginas
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

PERÍODO COLONIALISTA
Um país colonizado, basicamente por degredados e aventureiros desde o descobrimento até a instalação do império, não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde da população e nem mesmo o interesse, por parte do governo colonizador (Portugal), em criá-lo. Deste modo, a atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte de curar. A paradisíaca visão inicial dos europeus sobre os trópicos, explicitada por Sérgio Buarque de Holanda em Visão do Paraíso, logo sucumbiu à dura realidade do dia-a-dia, e os colonizadores não demoraram a perceber isso. Havia o calor e a distância dos grandes centros comerciais. Isso dificultava, por exemplo,a aquisição de bens de consumo, já que o transporte marítimo era irregular e descontínuo. Produtos simples, que facilitassem a vida ou proporcionassem pequenos prazeres, como roupas, sapatos, farinha de trigo e vinhos, estavam praticamente fora de alcance. Além disso, mal as aglomerações urbanas começaram a surgir, tiveram que enfrentar os primeiros surtos de doenças contagiosas. Diante do desconforto, da difícil adaptação ao clima e do aparecimento de epidemias que arrasavam a população, a salubridade das paragens brasileiras começou a ser duramente questionada. Os viajantes e jesuítas que propagavam a ideia dos “bons ares” da nova terra e recomendavam aos doentes de além-mar que atravessassem o Atlântico para aqui se tratarem foram desacreditados. Com o passar dos anos, poucos concordavam com as recomendações do padre Anchieta, que afirmava ter sido curado de uma séria enfermidade pelos bons ares e pelo clima ameno da nova terra. O dia a dia mostrava-se diferente. Não sabiam os colonizadores e seus descendentes que eram eles próprios os responsáveis por muitas das doenças que os assolavam, como tuberculose, sarampo e varíola. A pequena população urbana

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