Politica

A síntese do livro X de Platão, intitulado, “A República”, tradução de Maria Helena da Rocha Pereira, da editora, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1980. Nesse livro Sócrates vai dialogar com Trasímaco, sobre a arte e o artista, uma crítica platônica sobre a poesia e seu caráter imitativo. Segundo Platão, a poesia deve ser expulsa da cidade Ideal. Segundo ele, a poesia tem um caráter imitativo, pois suas obras são particulares tornando assim, imperfeitas. A poesia a grosso modo pode se dizer que é a cópia da cópia da cópia. Dividida em três aspectos, sendo eles: inteligível, sensível e artístico. Que se caracterizam nas seguintes ideias: a primeira, que contém objetos universais e atemporais, uma característica da ideia platônica do mundo ideal, na qual ele definiu com sendo importante para sua república. A segunda, tendo características de objetos particulares cotidianos, que nas obras de Platão podemos definir como a cópia do mundo das ideias. A terceira e última divisão da poesia é a parte artística, que contém imagens imperfeitas dos objetos sensíveis. Essa por sua vez, significa na ideia de Platão o lado imitativo da poesia, o que não produz nada, mas o que copia agregando nada ao homem.
Um exemplo que Sócrates utilizará em seu diálogo com Trasímaco, é a da cama. Vamos à explicação. Existe a cama ideal, a que está acima de todas as camas, a cama perfeita, que no Livro IV, Sócrates explanou para nós sobre o mundo das Ideias. Essa cama ideal foi o próprio artífice do mundo que a criou, sem erro, que é “capaz de executar todos os objetos, como modela todas as plantas e fabrica todos os seres animados, incluindo a si mesmo, e, além disso, faz a terra, o céu, os deuses, (...) e o Hades (PLATÃO, 1980, p.453)”. Essa cama inteligível segundo, Platão não tem erro, pois é verdadeira, quando o artista utiliza de coisas verdadeiras como do mundo das ideias ele torna real e verdadeira, pois está utilizando de algo universal e atemporal.
O segundo tipo de cama