Politica

1275 palavras 6 páginas
Fredric Jameson, o teórico marxista da pós-modernidade
“Il faut être absolument moderne!”
Irônico ou não, o grande brado de Rimbaud tem sido sempre sentido como algo emocionante:provavelmente porque não se limita apenas a nos assegurar que já somos modernos, mastambém porque nos dá algo para fazer.É bom lembrar os países que em sua época foram no passado considerados os maismodernos: a Prússia de Frederico o Grande, o sistema dos sovietes de Lênin e, pouco maistarde, o sistema fascista do partido-cum-dictator de Mussolini. Todos eles confirmam a opiniãoprofética de Max Weber de que a burocracia é a forma mais moderna de organização social.Se hoje esses países não são mais considerados modernos nesse sentido (com a possívelexceção do primeiro dos mencionados), é porque lamentavelmente eles acabaram nãoatingindo o grau de eficiência que o estereótipo da modernidade também promete em algumlugar. Mas hoje nem os Estados Unidos são, assim, tão eficientes. O mais significativo, emtodos esses casos, é que a modernidade das nações citadas é uma modernidade para osoutros, uma ilusão de ótica, alimentada pela inveja e a esperança, por sentimentos deinferioridade e pela necessidade de emulação. Junto com todos os demais paradoxosconstruídos nesse estranho conceito, é este o mais fatal: de que a modernidade é sempre umconceito de alteridade [otherness].Quanto à eficiência, ela também envolve o outro, mas de modo bem diverso. Desde muitotempo viu-se o Ocidente incapaz de pensar a categoria do “grande projeto coletivo” em termosde revolução social e de transformação social. Mas, de qualquer modo, dispomos de umsubstituto conveniente e que exige muito menos de nossa imaginação: para nós, e tão distanteda modernidade quanto seria possível determinar, o grande projeto coletivo – o “equivalentemoral da guerra” – é simplesmente a própria guerra. Afinal, é como uma máquina de guerraque se avalia a eficiência de um país. E não há dúvida que a guerra moderna oferece de fatouma forma

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