politica problematica

1836 palavras 8 páginas
A instabilidade política latino-americana e a problemática indígena

Uma questão problemática para qualquer um que se dedique a estudar o espaço geográfico situado ao sul do Rio Grande é definir o que é um “latino-americano”. É notório como os argentinos, por exemplo, sempre se recusaram a ser colocados na mesma categoria que bolivianos ou nicaragüenses, preferindo se auto-identificar como “europeus transplantados”. Do mesmo modo, a maioria dos brasileiros resiste, ainda hoje, em se identificar como latino-americanos, preferindo se considerar simplesmente brasileiros. Isso para não mencionar, claro, as imensas dificuldades dos norte-americanos em criar uma categoria (como “hispânicos” ou “latinos”) que consiga agrupar imigrantes da Guatemala de origem maia que falam línguas indígenas com mestiços de espanhóis com índios, mas de língua espanhola, do México, argentinos ou brasileiros brancos de origem alemã ou italiana e negros ou mulatos do Haiti ou de Cuba.

Numa avaliação mais ampla, tudo o mencionado no último parágrafo é menos importante do que parece. Se examinarmos a história da América Latina, é perceptível como a região parece seguir ciclos econômicos e políticos – como a economia de exportação de produtos primários nos séculos XIX e XX, a crise da dívida externa nos anos 80 e o neoliberalismo nos 90, as ditaduras militares e a redemocratização, etc – incrivelmente semelhantes. Tal situação, associada aos laços culturais e geográficos, parece indicar que falar de “América Latina” é algo adequado.

No entanto, seria um erro não levar em conta as diferenças dentro desse imenso espaço. Pensando apenas em termos culturais, nota-se como a América Latina se divide em várias áreas. No Caribe e no norte da América do Sul, temos uma América Latina negra, com fundas raízes na África e na cultura criada pelos escravos africanos e seus descendentes. No extremo sul, na Argentina, Uruguai e parte do Chile, uma região com forte presença populacional e

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