Politica monetaria

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6 Conclusão
O objetivo central do trabalho foi avaliar os efeitos de bem-estar da condução da política monetária numa economia onde o governo enfrenta uma restrição ao financiamento de sua dívida. Na primeira parte do trabalho foi sugerida uma forma plausível de modelar essa restrição, como a incapacidade de suavizar totalmente a taxação distorciva na presença de variações do serviço da dívida advindas de flutuações das taxas de juros reais. Essa hipótese foi incorporada ao modelo de uma economia com rigidez nominal de preços, dentro de um arcabouço neo-keynesiano. O modelo é derivado de microfundamentos já bastante convencionais, que resultam não só nas equações que regem a dinâmica da economia como também no critério utilizado para avaliar as diferentes regras de política monetária. Um critério derivado de microfundamentos é especialmente
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importante para o estudo do problema da política monetária ótima sob restrição de financiamento, pois é importante que as perdas de bem-estar decorrentes das flutuações econômicas sejam comparáveis às perdas causadas pelas variações da taxação distorciva. A restrição a suavizar a taxação distorciva traz mudanças fundamentais ao problema da escolha da política monetária ótima, em relação ao que ocorre num modelo em que essa restrição esteja ausente. Dá origem, conforme se observou, a um dilema de política monetária, pois impede a estabilização completa da inflação e do hiato do produto. O agravamento da restrição fiscal (aumento na parcela do serviço da dívida que precisa ser coberto por impostos distorcivos correntes, ou aumento da relação dívida-PIB) inevitavelmente acentua o dilema. Implica variabilidade cada vez maior tanto da inflação quanto do hiato do produto, e portanto perdas de bem-estar também cada vez maiores, sob a política monetária escolhida otimamente para cada intensidade de restrição fiscal. Essa tendência se verifica quer a escolha de política monetária