POLITICA DE ENFERMAGEM
DOENÇAS PLAQUETÁRIAS
Fisiologia das Plaquetas
As plaquetas são fragmentos celulares derivados de grandes células multinucleadas situadas na medula óssea (megacariócitos). Sua sobrevida no sangue periférico é de 7 a 10 dias. Estima-se que 2.000 a 5.000 novas plaquetas sejam produzidas por cada megacariócito, e quando um estímulo induzido pela redução do número de plaquetas ocorre, em 24 a 48 horas observa-se um aumento na produção. Em condições fisiológicas, o pool plaquetário é distribuído em dois compartimentos: 2/3 no sangue periférico e 1/3 no baço.
As plaquetas são peça fundamental no processo de hemostasia primária (adesão no endotélio lesado, agregação plaquetária e secreção de moléculas envolvidas na hemostasia e reparação tecidual). Também desempenham função na hemostasia secundária.
Após injúria vascular, as plaquetas são os componentes responsáveis pelo controle da lesão por formar um tampão plaquetário.
As plaquetas contêm grânulos em seu interior que armazenam importantes substâncias pró e anticoagulantes. Os grânulos alfa contêm proteínas que atuam na hemostasia, como fator V, fator de von Willebrand (FVW), fibrinogênio e proteínas fibrinolíticas. Os corpúsculos densos, também grânulos secretores intraplaquetários, contêm difosfato de adenosina, serotonina, cálcio e trifosfato de adenosina.
A membrana plaquetária apresenta glicoproteínas de superfície que são responsáveis pela ligação ao colágeno e fator de von Willebrand (GpIa/IIa, GpIb/IX/V), ao fibrinogênio (GpIIb/IIIa) e a outras plaquetas via trombospondina (GpIV).
Alterações no Número
Definição de Plaquetopenia
A plaquetopenia é definida como uma redução na contagem plaquetária a valores inferiores a 150x109 plaquetas/L.
Pseudoplaquetopenia ou Plaquetopenia Espúria
Na avaliação do paciente com plaquetopenia, deve-se sempre descartar a possibilidade de ser uma pseudoplaquetopenia ou plaquetopenia espúria.
A plaquetopenia