Polias

Qual o impacto da globalização da economia na indústria automobilística brasileira?
A Globalização é favorável àqueles que detém capital e que podem aproveitar-se da especulação do mercado financeiro. É um processo concentrador e excludente, concentra-se em favor de uma minoria e exclui uma maioria, pode estar sendo bem aproveitada pelos países asiáticos, mas esta tendo impactos negativos nos países da África e da América Latina.
Na área industrial, o setor automobilístico provavelmente representa o melhor exemplo de globalização. Este processo consolidou-se definitivamente na década de 1990. No setor automobilístico, a globalização exige ciclo acelerado no desenvolvimento de novos produtos, flexibilidade e personalização. A personalização dos produtos traz consigo um paradoxo: o setor automobilístico é intrinsecamente dependente de escala, que depende de padronização, ao passo que a personalização dos produtos vai à linha oposta.
A solução encontrada pelo setor é criativa: padroniza-se aquilo que o cliente final não vê (plataformas, componentes etc) e personaliza-se aquilo que o cliente vê.
Para padronizar o que o cliente não vê, desenvolveu-se o conceito de plataforma, que é um conjunto básico de chassis e suspensão, com várias opções de motor e transmissão, sobre o qual se constrói um automóvel.
Veículos que utilizam à mesma plataforma trazem economia de escala, de forma que são feitos continuados esforços no sentido de reduzir ao mínimo o número de plataformas.
A globalização exige também padronização de componentes: modelos similares utilizam partes comuns, eliminando custos tanto na engenharia de produto como no processo produtivo. Ademais, reduz o custo de materiais em processo e facilita a assistência técnica. A padronização de componentes é

mais forte nas partes mecânicas do veículo (motor, câmbio, suspensão etc), mas aparece também em componentes mais simples, como porta, maçanetas, instrumentos etc.
A globalização muda