Pol tica de puni es e recompensas e incidentes de tr fego a reo o caso do centro de controle de rea de Recife

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Política de Punições e Recompensas e Incidentes de Tráfego Aéreo: o Caso do Centro de
Controle de Área de Recife
Autoria: Hygino Lima Rolim e Marcelo Milano Falcão Vieira
Resumo
Neste artigo analisa-se o impacto da mudança na política de punições e recompensas, associada à participação dos controladores nos incidentes de tráfego aéreo, no comportamento e no número de reportes de incidentes de tráfego aéreo oriundo exclusivamente dos controladores do ACC-RE. A análise é realizada a partir da relação existente entre as regras vigentes na organização, notadamente, a política de punições e recompensas associada ao envolvimento dos controladores nas investigações de incidentes de tráfego aéreo. A pesquisa deu-se em duas etapas. Na primeira deu-se a avaliação do impacto das mudanças propriamente ditas no número de reportes de prováveis incidentes aéreos. Na segunda avaliou-se a percepção dos controladores de vôo do ACC-RE com relação às mudanças. Os resultados demonstram que a intervenção influenciou os controladores de tráfego aéreo a reportar os incidentes de tráfego aéreo em que estavam envolvidos. 1. Introdução
Em 6 de junho de 1996 um Boeing 727-231 da empresa ADC, que voava sobre a
Nigéria, executou uma manobra evasiva que resultou em um “mergulho” fatal de mais de
16.000 pés, na tentativa de evitar uma colisão frontal com outra aeronave da Triax Airlines.
Uma falha do controle de tráfego aéreo colocou as duas aeronaves em rota de colisão. O
Boeing da ADC estava equipado com o equipamento de auto separação – TCAS. O piloto da
ADC executou uma manobra evasiva, girando a aeronave excessivamente em torno do eixo longitudinal, e perdeu o controle da mesma. Segundo os dados registrados pelo gravador de vôo (FDR), durante a queda, a aeronave acelerou até 500 nós em 16 segundos. As autoridades nigerianas calcularam que o B-727 chegou próximo à velocidade do som no momento do impacto com o solo. O avião fragmentou-se em pequenas partes e 143 pessoas morreram. [...]
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