poetins

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A natureza do tempo tem sido um dos maiores problemas filosóficos desde a antiguidade: a passagem do tempo, a forma como ele flúi, a linearidade do tempo, etc.
O tempo é considerado uma das propriedades gerais da exterioridade relativamente ao pensamento. O tempo é para o ser humano passível de ser dividido em três dimensões lineares: o passado, o presente e o futuro. A medida do tempo torna-se subjetiva quando cada um a pode percecionar de forma diferente, consoante a situação. Numa situação agradável passa depressa, numa situação penosa passa devagar, etc. O Homem, pela sua condição mortal, é afetado pelo tempo de uma maneira diferente da do espaço. Este é irreversível, o que pode causar angústia pelo fim inexorável.
Para Platão, existe o mito do eterno retorno, onde o tempo era um movimento cíclico e assim tudo aquilo que acontecia no passado era repetido e retornava novamente. Esta teoria apesar de anular o peso do passado e da vida, encerra o homem nas suas possibilidades e ações possíveis, bem como na realização da sua liberdade.
Longe de ser a única referência absoluta a partir da qual os fenómenos podem ser normalizados, o tempo é um sistema de relações que tem uma função na história dos homens e na forma como percecionam as suas experiências, através da memória.
Aristóteles, na Física, colocava alguns problemas à existência do tempo. Para ele, o tempo não poderia existir, já que nenhuma das suas partes existe. O instante presente, por não ter duração precisa, o passado já aconteceu e o futuro ainda não é.
Na perspetiva de Kant, o tempo é uma estrutura da relação do sujeito com ele próprio e com o mundo. É uma forma a priori da sensibilidade, juntamente com o espaço. O tempo é uma intuição pura a priori no plano da sensibilidade, é uma noção objetiva de observação e não é extraído da experiência, mas sim prévio a qualquer experiência. É considerado um dos limites para o conhecimento no plano da sensibilidade, já que o conhecimento chega-nos através

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