POESIA SAT RIC1

603 palavras 3 páginas
POESIA SATÍRICA

A CIDADE DA BAHIA
GREGÓRIO DE MATOS

A Cidade da Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado,
Pobre te vê a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante, que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh! Se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda que fora de algodão o teu capote!

Análise
Com tom satírico, Gregório de Matos fez a leitura do povo brasileiro enquanto sociedade, com um foco maior em sua cidade a Bahia, Para a Boca do Inferno – como era conhecido, não deixava nada passar, era muito crítico, principalmente em relação aos Governantes da época, em suas poesias ou nas demais observações, usava termos linguísticos fora das normas – palavras de baixo calão, ou bem populares, nada ou a ninguém poupava com sua língua satírica. Por época desta poesia, a Bahia foi infestada por uma cólera – peste, doença infectocontagiosa – que levou a morte muitas pessoas, dois produtos eram produzidos em quantidade, café e açúcar, mas devido estes produtos servirem como remédio para a peste, devido às plantações estarem sendo plantado em excesso, o valor caiu. Começou a falta de produtos de necessidade e, preços subiam, existia a troca de mercadorias com estrangeiros. Devido suas poesias Gregórios de Matos, acabou sendo preso, deixando assim, a cidade amada.
A poesia analisada aqui – A cidade da Bahia foi escrita com versos decassílabos, rimas oposta nos dois primeiros quartetos ABBA-ABBA, rimas mistas em dois tercetos CDE-CDE, Na primeira estrofe, o Eu-lírico, observa mudanças na Cidade, fazendo este, um discurso de lamúrias, falando nos dois últimos versos sobre a economia, alegando ter visto a Bahia em condições positivas e com prestígio no País, e logo diz ver com tristeza os problemas

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