pobreza
As expressões subdesenvolvimento e país subdesenvolvido foram muito utilizadas na imprensa e na literatura sociológica e econômica durante as décadas de 1950 e 1960. Entre os anos 1970 e 1990, porém, tornou-se comum o uso dos conceitos de Terceiro Mundo e terceiro-mundismo, que reuniam as regiões antes rotuladas de subdesenvolvidas. Atualmente, essas expressões foram substituídas pelas noções de país pobre e de país emergente, ou em desenvolvimento.
Esses novos conceitos têm a vantagem de diferenciar sociedades extremamente pobres de regiões que combinam índices importantes de crescimento e bem-estar com amplos setores da população vivendo abaixo da linha de pobreza. Ao grupo dos extremamente pobres pertencem países como Burkina Fasso, na África, Haiti, na América Latina, e Bangladesh, na Ásia. Já o grupo dos emergentes, ou que estão em desenvolvimento, englobam países como o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, grupo esse conhecido pela sigla BRICs.
Neste capítulo, retomamos o conceito inicial de subdesenvolvimento porque ele designa uma situação histórica específica, comum a um conjunto de países, que a noção de país emergente ou em desenvolvimento às vezes mascara, escondendo problemas que os aproximam mais dos países pobres do que daqueles que já alcançaram o pleno desenvolvimento.
Capacidade
O Relatório de Desenvolvimento Humano, elaborado pelo Pnud, tornou-se famoso por apresentar o cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de todos os países,mas ele traz também o IPH. Na edição de 2006, o Brasil ocupa a 22ª posição num total de 102 países e territórios. O país em melhor posição foi o Uruguai (primeira posição) e o pior foi Mali,que fica na África.O IPH representou uma importante mudança na maneira como a pobreza era mensurada porque Sen introduziu a idéia de que o padrão (ou a qualidade) de vida não pode ser medido pela posse de um conjunto de bens nem pela sua utilidade, mas sim pela capacidade dos indivíduos em