Pluralismo de bem estar social na familia

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O texto trata dos impasses da participação da família nos esquemas de proteção social, no contexto neoliberal e aborda nesta perspectiva questões como: a redescoberta da família nas políticas sociais, retração do Estado na provisão de bens e serviços sociais básicos, formação do pluralismo de bem estar e a especificação do lugar da família neste contexto. Segundo a autora o entendimento de pluralismo de bem estar deve perpassar pelo viés do Estado assumir o papel de agente na garantia de direitos, em prol da cidadania social.

Desde a crise mundial do capitalismo ocorrida na década de 1970, a família vem sendo redescoberta enquanto fonte privada de bem-estar. Em decorrência disso, tornou-se parte da estratégia de quase todas as agências governamentais e não governamentais realizar medidas de intervenção junto às famílias. Atualmente, com a emersão do “pluralismo de bem-estar” assiste-se a um processo que implica a remercantilização dos direitos e dos serviços sociais, direcionado a um aporte ao setor privado e às velhas formas de proteção social, que Laurell (2004) denomina como sendo avanço em direção ao passado.

A partir dessa concepção pluralista de bem-estar, implementa-se uma estratégia de supervalorização das famílias em uma ótica neoliberal de focalização, privatização e responsabilização individual na implementação da intervenção social4. Logicamente, para os neoliberais, diante do diagnóstico das transformações estruturais encadeadas desde a crise do petróleo de 1973, deve-se eleger um novo patamar mínimo de bem-estar com a desconstrução das instituições consolidadas pelo Welfare State Keynesiano, ou seja, configura-se a dita crise do Estado de bem-estar do pós-guerra.

Os sistemas de proteção social seriam responsáveis, na visão neoliberal, por desencadear a perda do equilíbrio fiscal, sendo os sistemas de proteção social evidentemente incompatíveis com a nova ordem social emergente. Como alternativa a superação de tal incompatibilidade apontam,

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