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Plasticidade e Mestiçagem nas Sociedades atuais

Na maioria dos processos de colonização ao redor do mundo, o choque étnico foi fator marcante para definir o futuro das populações ali existentes ou que foram formadas. Para se entender melhor o que foi esse choque e a criação da identidade nacional de certas nações colonizadas, analisaremos o caso da colonização no Brasil e nos Estados Unidos, com processos e consequências bem distintas.
Os europeus ao desembarcarem nessas terras, depararam-se com civilizações nativas existentes e ainda devido a necessidade de mão de obra compulsória, somaram-se a essas diversas raças, a etnia negra oriunda da África. A relação entre essas diferentes etnias é o principal fator de distinção entre o povo brasileiro e americano dos dias de hoje, principalmente no âmbito das relações sociais, através do preconceito e conflitos étnicos-raciais.
Os portugueses no Brasil, com seu espirito aventureiro e “misturador”, logo se relacionaram com as indígenas e depois com as escravas africanas, gerando mestiços e o povo brasileiro. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, o que ocorreu no Brasil, foi denominado por ele de plasticidade social lusitana, na qual as relações entre portugueses, indígenas e negros deu-se de forma mais natural, devido seu caráter mais flexível e susceptível à adaptar-se a mudanças e convívio com os contrários, mas não eliminando qualquer possibilidade de preconceito.
A miscigenação como resultado da relação, apesar de mais natural entre as diferentes raças, ainda assim apresentou diversos preconceitos, visto que os portugueses já possuíam estereótipos de cada raça, os índios como não civilizados, os negros inferiores a todas as outras raças, e os europeus superiores aos demais. No entanto, Gilberto Freyre, retirou o valor negativo da mestiçagem, considerada naquela época um dos principais fatores retardatários á nação, para se alcançar o progresso, e assim passou a interpretá-la como um processo cultural normal, visto