PLANO DE AULA
Objetivos
Revelar como o mercado e ambiente cultural influenciam as criações artísticas de escritores
Introdução
Jovens escritores vêm fazendo barulho "com livros que abrem uma janela para o lado secreto da adolescência". É o que afirma a reportagem de VEJA ESPECIAL ao citar quatro desses romancistas. Mas o que existe de inédito e revolucionário nas criações da nova geração? Elas têm alguma coisa a ver com o mundo real? O objetivo deste plano de aula é ajudar os estudantes a encontrar as respostas.
Para a turma entrar no clima da lição, apresente dois aspectos controversos ligados ao assunto.
O que há em comum entre o que os ficcionistas escrevem e a realidade?
De que forma as pressões do mercado atuam sobre a conformação dos gêneros literários?
A primeira questão permite retomar o conceito aristotélico de mimese e perceber como sua interpretação varia com o tempo. Houve épocas em que se enfatizou a imitação da realidade e dos autores clássicos; em outras, atribuiu-se mais importância à imaginação e à criatividade pessoais, o que levou muitos escritores a se distanciar da realidade, ao menos aparentemente. Sobre a segunda pergunta, vale a pena pensar nas modificações pelas quais passaram as formas narrativas em prosa, que, desde a sua consolidação no século XIX, deram origem a textos mais comerciais - como as novelas e o folhetim - e "artísticos" - os romances de investigação psicológica ou de pesquisa de linguagem são bons exemplos.
Converse sobre as expectativas que os textos literários geram nos alunos. Suas histórias favoritas têm relação direta com a realidade cotidiana? É mais agradável encontrar personagens que lidam com problemas semelhantes aos nossos ou é melhor que eles transitem por universos fantásticos ou míticos, como o mago Gandalf (de O Senhor dos Anéis) e o guerreiro Aquiles (da Ilíada)? Os jovens leêm por diversão ou para aprofundarem a capacidade de