MASETTO, MARCOS, DIDÁTICA: A Aula como Centro, 3ºEd. São Paulo: FTD, 1996, P.86-103. O PLANO E SEUS COMPONENTES MARCOS MASETTO Se para nós o planejamento na escola é um processo voltado para a organização de ações que permitam a consecução de objetivos educacionais, o plano é um documento escrito que materializa um determinado momento de um planejamento. É a apresentação, de forma organizada, de um conjunto de decisões. Um plano, para que se constitua em instrumento eficiente de ação, precisa ser muito bem pensado e, melhor ainda, muito bem redigido. Isso significa a apresentação de diretrizes claras, práticas e objetivas. Com um documento escrito, o plano compõe-se das seguintes partes: identificação, objetivos, conteúdos, estratégias, avaliação, o cronograma e bibliografia. Daqui para frente vai estudar todas essas partes: no que consistem, como planeja-las e como redigi-las. Nosso leitor perceberá uma mudança na forma de abordagem dos assuntos. Nos capítulos anteriores, a ênfase foi no debate, na discussão de idéias e propostas, na apresentação de diferentes perspectivas, na busca de uma linha crítica e pluralista dos temas. Agora, o pano de fundo se altera um pouco. Não vamos nos aprofundar muito nos objetivos, da relevância de sua definição, nas diversas nomenclaturas ou na validade dos objetivos educacionais frente os operacionais. Quanto à metodologia, não vamos analisar as diferenças apresentadas pelos autores em relação a métodos, técnicas, recursos, estratégias, etc. o mesmo se diga sobre a avaliação: não discutimos as várias críticas e propostas a respeito do processo avaliativo, bem como diferentes enfoques (humanista, positivista, fenomenológico, dialético, cognitivista, construtivista, etc.). apresentaremos, sim, um roteiro para construção, elaboração e execução de um plano que seja instrumento de ação para o professor e para o aluno, e coerente com a proposta de educação que defendemos até aqui. Muito se tem escrito sobre componente de um plano. As