Planejamento Rwalsiano

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Planejamento Rawlsiano: novos estímulos e velhas ambiguidades

A teoria do planejamento Rawlsiana foi defendida por Shean McConnel e inspirada no trabalho filosófico de John Rawls que formulou a teoria da justiça como equidade.
Para Rawls autonomia se relaciona a liberdade individual, para ele agir autonomamente é “agir a partir de princípios com os quais concordaríamos como seres humanos livres e igualmente racionais...” (1972).
Apesar de sua concepção de justiça ser, como ele dizia, individualista, seu enfoque não é tão evidente quanto o de outros liberais, não garantindo proteção a autonomia de alguns se isso prejudicasse os direitos de outros desprivilegiados, um exemplo seria o utilitarismo onde é aceitável prejudicar alguns para beneficiar a maioria.
O modelo de McConnel, baseado em Rawls, defende que a primeira prioridade dos planejadores deve ser as necessidades dos grupos desprivilegiados não importando se na região eles são minoria ou maioria, e por isso se contrapõe ao utilitarismo.
Rawls desafia também a noção liberal de igualdade que defende que a riqueza seja distribuída de acordo com os talentos de cada um. Apesar disso o modelo de Rawls acaba justificando certa desigualdade, além disso, apesar das vantagens do modelo sobre os modelos utilitário e liberal clássico ele carece de equilíbrio e nível crítico, pois não trabalha de maneira apropriada a questão da autonomia coletiva, assim seu potencial para “avaliar instituições existentes assim como os desejos e inspirações que elas geram” (RAWLS, 1972) é bem limitado.
O uso da teoria de Rawls é apropriado para melhorar um pouco a qualidade de vida de grupos desprivilegiados, mas não vai de encontro aos obstáculos realmente importantes que impedem que seja alcançada uma autonomia individual muito maior.

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