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Outro aspecto importante na produção de silagem de milho é a densidade de plantio. Dentro das técnicas de manejo cultural, é um dos parâmetros mais importantes. De maneira generalizada, a causa dos baixos rendimentos de milho, tanto para grãos quanto para forragem, é função do baixo número de plantas por área. Além disso, a densidade de plantio pode também afetar a qualidade da silagem, uma vez que afeta a proporção entre as partes da planta (espiga, colmos e folhas).
Resultados de pesquisa mostram que os percentuais de colmo crescem quando ocorre aumento na população de plantas/ha. Considerando que a maior concentração de fibra (Fibra em Detergente Neutro;FDN) está presente no colmo, consequentemente o excesso de população de plantas, que propicia maior percentagem de colmos, resultará em menor digestibilidade e consumo do material produzido. Normalmente, a recomendação da densidade de plantas para milho, grãos ou forragem segue os mesmos valores, uma vez que a densidade que proporcionar maior rendimento de grãos por hectare fornecerá também maior rendimento de forragem ou silagem de boa qualidade nutritiva.
Esse princípio se baseia no fato de que, para uma determinada cultivar, quanto maior a produção de grãos melhor será a qualidade da forragem. A melhor população de plantas para silagem é a mesma recomendada para uma melhor produção de grãos. A participação de colmo na matéria seca da silagem gira em torno de 25% com a pior fração de digestibilidade (51,7%). Isto significa que, com aumento da população de plantas, a porcentagem de colmo pode passar de 30%, aumentando também o valor total das fibras e comprometendo o consumo e a digestibilidade da silagem. Além disso, pode aumentar o desgaste do solo com nutrientes, aumentar o nível de acamamento, doenças e requeima. Aliado a este fato, podem ainda ocorrer condições climáticas desfavoráveis, como a ocorrência de seca, onde a produtividade e a qualidade ficarão muito mais comprometidas, encarecendo o custo

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