Piren Polis Let CiaClaro

A CIDADE COLONIAL E A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM E IDENTIDADE
LOCAL: UM ESTUDO DE PIRENÓPOLIS – GO
Letícia P. P. Claro – graduanda de
Arquitetura e Urbanismo FAU-UnB

INTRODUÇÃO
O espaço é talvez o elemento mais intrínseco da arquitetura e da existência do homem moderno. Entender as relações entre o corpo e o espaço é essencial para compreender o processo de formação dos lugares e principalmente entender os motivos pelos quais uma cidade é criada, é renovada ou até mesmo entra em decadência.
As imagens, o traçado, a arquitetura são elementos da forma urbana que exercem um papel de construção da identidade da cidade. Essa identidade vai além da identidade individual de cada morador, passante ou usuário de um espaço, essa é uma identidade coletiva que constitui a imagem da cidade.
O traçado e arquitetura coloniais são de grande importância histórico-cultural no Brasil, muito do que se vê nas cidades de hoje, é de certa forma herança desse período de formação do país. As cidades coloniais, aqui o exemplo é a cidade goiana de Pirenópolis, têm uma identidade já formada – e, constantemente transformada – mas que converge sempre para a herança histórica. A grande pergunta aqui é: quais elementos, símbolos, formas físicas ou psicológicas desses espaços criaram essa identidade histórico-cultural da cidade? A questão do patrimônio histórico também é bastante relevante nessa análise, afinal, a preservação de algum elemento específico se dá pela imagem, pela relação corpoespaço e pela identidade com esse elemento.
A intenção desse artigo não é uma análise meramente espacial, buscando mapear os elementos e símbolos de uma cidade colonial genérica, apesar de o modelo de análise poder ser usado para diferentes cidades. O objetivo é entender as relações do espaço-corpo, história e cultura na formação da identidade urbana de Pirenópolis, e ainda, como as imagens dos espaços colaboram com essa identificação e afeição dos seres humanos, que dão sentido ao espaço e à cidade.

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RELAÇÕES