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ALIMENTAÇÃO DA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA.

Este artigo busca explorar como famílias de baixa renda fazem para buscar uma alimentação saudável dentro dos limites de seus poderes aquisitivos.
As práticas de alimentação são importantes determinantes das condições de saúde das pessoas, e estão fortemente ligadas ao poder aquisitivo das famílias. Do qual dependem a disponibilidade, quantidade e qualidade dos alimentos consumidos (Web, 2014).
Nos últimos anos a abertura da economia e a estabilização monetária que ocorreram no Brasil ampliaram o mercado consumidor. Ao mesmo tempo em que o poder aquisitivo aumentou, o preço real dos alimentos industrializados declinou, favorecendo principalmente a maior participação dos estratos sociais de menor renda. De maneira geral, à medida que aumenta a renda per capita de um país, aumenta o grau de sofisticação no consumo de alimentos, optando-se pelos mais elaborados, como alimentos industrializados (LUCIA, 2003).
Além da estabilidade econômica, outros fatores como o trabalho da mulher fora do lar, maior praticidade, rapidez, durabilidade e boa aceitação do produto contribuindo cada vez mais para a introdução e manutenção de alimentos industrializados nos hábitos das famílias (LINS, 2013).
A diversidade e o aumento da oferta de alimentos industrializados podem influenciar os padrões alimentares da população, o consumo inadequado, em excesso e muito frequente destes alimentos pode comprometer a saúde. Muitos alimentos industrializados são ricos em gorduras e carboidratos refinados, apresentando elevado valor energético. Além disso, os hábitos adquiridos com o aumento do consumo de alimentos industrializados podem reduzir o consumo de alimentos naturais (Web, 2014).
Por outro lado, o incremento da industrialização pode ter um impacto positivo para a alimentação no que se refere ao acesso de alimentos modificados, fontes alimentares e/ou enriquecidos com nutrientes que possam contribuir também para o melhor valor nutritivo da