petição
A obra é dividida em quatro partes, as quais estão subdivididas em capítulos menores, cada qual tratando de um tema específico da problemática, além de um prefácio escrito por Vera Malaguti Batista que dá uma perspectiva do livro a ser discutido. O livro como um todo trata da questão, enfatizando primordialmente os Estados Unidos, no que diz respeito à depreciação das políticas de prevenção à criminalidade, geralmente defendidas pelos setores criminológicos em detrimento da aplicação de penas. É caracterizado um Estados Unidos que tivera um passado a favor de políticas públicas eficientes na prevenção do crime, seja através de políticas assistencialistas, seja através da motivação do ser humano em busca de seu crescimento pessoal alcançados pelo estudo e pelo trabalho. Considera que o sistema penal é uma espécie de território sagrado da nova ordem socioeconômica global, e atenta para a influência das mídias no atual contexto no sentido de estarem legitimando, simbolicamente, práticas do exercício do poder penal e de controle social. A primeira parte do livro, intitulada “Do Estado caritativo ao Estado penal” é separada em outros dois capítulos, os quais tentam abordar o histórico nos Estados Unidos que os levaram de um processo de prevenção no que diz respeito ao combate ao crime, ao outro completamente diferente, indo da perspectiva da tentativa de dizimação da miséria para sua criminalização e, conseqüentemente, sua punição pelo sistema penal. O primeiro capítulo de tal parte é intitulado “A criminalização da miséria” que é também subdividido em pequenas outras partes, cada uma acentuando um determinado tópico de discussão. Wacquant traduz seu pensamento nesse capítulo através dos seguintes dizeres: “No decorrer das três últimas décadas [...], a América lançou-se numa experiência social e política sem precedentes nem paralelos entre as sociedades ocidentais do pós-guerra: a substituição progressiva de