pessoa com deficianecia

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A PESSOA COM DEFICIÊNCIA MENTAL E O PARADIGMA DA INCLUSÃO. Mina Regen

“A maneira pela qual um país zela por seus cidadãos e preserva seus recursos humanos é mais que um índice de sua preocupação com os menos favorecidos. Constitui a chave para o seu futuro”. John F. Kennedy

1. INTRODUÇAO
Creio que em primeiro lugar é importante realizar uma análise dos conceitos de Inclusão e Exclusão que, segundo Sawaia1 , implicam em uma relação dialética, onde todos estão inseridos de algum modo, ainda que à margem do “corpo social” e pelos mecanismos da exclusão. Neste caso há necessidade de se desatrelar a idéia da inclusão das de adaptação e normalização e recolocar os conflitos sociais dos diferentes grupos novamente em pauta.
A criança com deficiência pode estar incluida em escolas especiais, em centros/clínicas de reabilitação, ou seja, incluídas em espaços de segregação dos considerados diferentes e excluídas dos espaços comuns a todas as pessoas (por exemplo, a escola regular). Trata-se de almejar a inclusão através dos espaços de exclusão. Assim, incluir depende de quem, onde e para quê e, também, do que ou quem fica excluído.
Para Paula, Credídio, Rocha e Regen2 , o conceito de “exclusão é complexo e contraditório, possui diferentes significados e a sociedade exclui para pretensamente incluir, ação própria de ordens sociais desiguais, revelando-se aí o caráter ilusório do conceito de inclusão, que embora supere o conceito de integração, não chega a romper com a idéia de “corpo social”. Se partirmos da compreensão de que a diversidade humana não é um dado natural, mas sim construído socialmente, e que entre os grupos diferentes há conflitos sociais e de poder, para se incluir os chamados grupos marginais ou minorias é necessário desvendar os mecanismos que instituem essas diferenças socialmente consideradas como desigualdades. E essas autoras continua: “A exclusão pode ser subjetiva/objetiva;

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