pescadoras

1. INTRODUÇÃO

A pesca é uma das atividades mais antigas exercidas pelo homem, em período anterior ao Neolítico. É importante ressaltar nessa historia, o conhecimento acumulado pelos pescadores ao longo dos séculos, como comportamento das espécies capturadas, a época de reprodução, e onde fica a maior concentração dos cardumes.
A pesca artesanal no Brasil surgiu da falência na economia dos ciclos do cafeeiro e açucareiro do Brasil colônia, e pela necessidade também de exploração de outros meios que não fosse os recursos de flora e fauna litorânea, e os animais de caça.
Considerada uma das atividades econômicas mais tradicionais do Brasil a pesca artesanal, é exercida basicamente em regime de economia familiar ou individual, vai contemplar a obtenção de alimentos para as famílias dos pescadores ou para fins comerciais. Essa atividade tem a característica de simplicidade, os próprios trabalhadores desenvolvem seus instrumentos de pesca, podem ser auxiliados por pequenos barcos, do tipo jangadas ou canoas, e normalmente atuam próximos da costa de lagos, rios e nos estuários (encontro da água do rio com o oceano e sofre influencia das marés).
O nosso litoral, rico em biodiversidade e com características ecológicas próprias favorecem a realização da pesca artesanal. A pratica desse modelo de pesca, de modo geral provoca baixo impacto ambiental, em decorrência desta atividade ser caracterizada pela simplicidade como dito anteriormente.
Recentemente a 31º Sessão do Comitê de Pesca (COFI) da Organização das Nações para Agricultura (FAO), aprovou um conjunto de diretrizes para a proteção da pesca artesanal sustentável no contexto da segurança alimentar e da erradicação da pobreza. Esta medida foi importante, pois milhões de pessoas em todo o mundo vivem dessa atividade. No Brasil, por exemplo, atuam cerca de um milhão de pescadores artesanais. Segundo Borghetti (2000), a pesca e aquicultura brasileiras são atividades importantes da produção de proteína