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Teoria da História
A História no Medievo

A Idade Média (geralmente, datada entre 476d.C à 1453d.C, um período de quase 1000 anos) é onde o ser humano construiu grande parte de seus valores culturais, que depois iriam se espalhar pelo mundo.

História Providencialista: onde a razão estava a serviço da fé, e a reconstituição dos acontecimentos servira apenas para provar e divulgar a fé.
Ligada a essa História Providencialista, surge a História Milenarista ou Apocalíptica: sendo construído um tempo unificado, uma cronologia única. Baseado no livro do Apocalipse. Afirmando que esse tempo terá um fim e com ele o mundo como conhecemos.

Eusébio de Cesaréia (c.265–c.339) com seu livro, HISTÓRIA ECLESIÁSTICA ou HISTÓRIA DA IGREJA, dá início a esse enfoque finalista, criando uma cronologia que vai da Criação, até o Juízo Final.
Agostinho de Hipona, o Santo Agostinho (c.354-c.430) questiona a exatidão desse fim, afirmando em seu livro, CIDADE DE DEUS, que na própria Bíblia é dito que não se sabe quando o mundo irá acabar e que a profecia do Apocalipse não é literal e sim algo simbólico.
Paulo Orosio (c.385–c.420) dá continuidade à obra de Agostinho, tendo seu livro, HISTÓRIA CONTRA OS PAGÃOS, sido uma referência para o estudo da História na Idade Média.

A historiografia medieval foi, por muito, tempo criticada por sua “pobreza” – já que os historiadores não se preocupavam em saber a veracidade dos fatos, apenas acreditavam nos relatos, muitas vezes de testemunhas oculares, sem criticá-los.

Os clérigos se dedicavam a anotar os acontecimentos ano após ano, entre eles Gregório de Tours (538-594), Beda, o Venerável (673-735) e Vicente de Beuvais (1190-1264).

Até meados do século X, as bibliotecas dos mosteiros eram incapazes de alimentar o esforço historiográfico, tendo raríssimos manuscritos.

Guibert de Nogent (1055-1124) foi um monge historiógrafo das Cruzadas, porém nunca esteve no Oriente, apenas ouviu relatos.

Já a partir do século XIII, os frades, principalmente