PERIODO COLONIAL: MULHER BRANCA PARA PROCRIAR E MULATA PARA FORNICAR.

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PERIODO COLONIAL: MULHER BRANCA PARA PROCRIAR E MULATA PARA FORNICAR.

Maria Karolina Lôbo da Silva1

RESUMO: Este artigo tem o objetivo de analisar o ditado “branca pra casar, negras para trabalhar e a mulata para fornicar”, pois este ditado era bastante forte no período colonial para caracterizar as mulheres deste período. Mas nesta analise meu principal foco são as mulheres brancas e mulatas por que minha curiosidade envolve estes dois tipos de mulheres, e para isto usei os autores Gilberto Freyre e Mary del Priore para obter informações sobre o estereotipo dado à mulher branca de procriadora e para verificar o estereotipo da índia, mulata, etc. de fornicaria usei o autor Ronaldo Vainfas.

Palavras-chave: colônia, mulheres, procriação, fornicação.

INTRODUÇÃO

“Branca para casar, negras para trabalhar e a mulata para fornicar”. É assim que no período colonial o imaginário masculino brasileiro inscreve a figura da mulher. O perfil das mulheres que habitavam o Brasil colonial manteve – se, por várias décadas, de um sem-número de imagens, parte delas verossímil, outra parte estereotipada, e isto revela o pensamento masculino de então no qual a mulher é vista preconceituosamente como um objeto útil. No caso das brancas, úteis para interpretar o papel de mãe, mulher e dona de casa, relevantes para dar à família um status oficial e continuidade à linhagem familiar, devendo estar dentro dos modelos patriarcais. Às mulheres negras, sem os predicados que as tornassem passíveis de agradarem sexualmente o senhor patriarcal, cabiam exercer o papel de animais de carga, o de suportar tarefas extenuantes, o de se esfalfar nas cozinhas sob os gritos das sinhás-donas, o de suar nas tarefas diárias das fazendas e dos engenhos. Enquanto as índias, mulatas, principalmente aquelas mais bem feitas, mais bonitas, mais dóceis, eram úteis para a fornicação, ou seja, eram usadas para os deleites sexuais dos homens das terras coloniais.

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