PERFORMATIVIDADE, PRIVATIZAÇÃO E O PÓS-ESTADO DO BEM ESTAR. Stephen J. Ball

RESENHA: PERFORMATIVIDADE, PRIVATIZAÇÃO E O PÓS-ESTADO DO BEM ESTAR.
Stephen J. Ball

O autor disserta sobre o novo acordo político global: a privatização e a mercantilização do setor público, com ênfase na prática educativa.
Há o surgimento de novas relações sociais e, consequentemente, novas distribuições de funções e hierarquias no que tange a responsabilidade do governo: o Estado gerencia à distância, regula e avalia os resultados, e abre espaço para os mercados privados financiar e gerencializarem seus setores públicos.
Nessa nova possibilidade de mercado, as empresas privadas consideram os serviços sociais do governo como lucro garantido. Assim, reforçando a ideia acima há “novas possibilidades éticas, e novos papéis e relações de trabalho – uma nova economia moral”. E neste contexto está organizado um sistema de recompensas e restrições baseado na competição e na performatividade, transformando a dependência do cidadão pelo Estado do Bem-Estar para um cidadão consumidor. Isto é o que Stephen Ball chama de pós-Estado da Providência.
O autor deste artigo cita dois países como exemplos de como ocorre o processo deste novo acordo político global: Reino Unido e Finlândia . Apesar destes exemplos serem regionais, eles refletem as tendências da economia neoliberal ditada pelo Banco Mundial, principalmente no assunto educação. Apesar dessas tendências apresentarem “ritmos diferentes em lugares diferentes”, não há como a política nacional se desvincilhar deste contexto global: imposições e acordos são feitos para resolverem seus problemas econômicos.
Assim, em linhas gerais, o Estado elabora estratégias para investimentos e desenvolvimento do seu capital humano e os ensinos básico, profissional e superior são opções diversificadas para desenvolver este capital. Então, políticas econômica e social se entrelaçam, pois a política social tem a função de “aumentar a competitividade econômica por meio do desenvolvimento das capacidades