PERFORMANCE E ORALIDADE: LEITURA DE FOLHETOS NO ENSINO MÉDIO

380 palavras 2 páginas
PERFORMANCE E ORALIDADE: LEITURA DE FOLHETOS NO ENSINO MÉDIO Autor: Hadoock Ezequiel Araújo de MEDEIROS hadoockezequiel@yahoo.com.br Universidade Federal de Campina Grande

No tocante ao ensino de literatura na sala de aula, alguns estudiosos afirmam que a poesia é um dos gêneros menos favorecidos, principalmente, se ela vier do universo popular. No caso do cordel, dificilmente é trabalhado em sala de aula, e quando é trabalhado, geralmente são explorados aspectos linguísticos, folclóricos e históricos, deixando de lado o seu valor estético. A partir de leituras compartilhadas com folhetos de cordéis em sala de aula do ensino básico, refletiremos sobre a necessidade de pensar a importância da vivência com a literatura popular dentre as atividades de formação de leitores. Apresentaremos nesta comunicação um recorte de nossa experiência de pesquisa em desenvolvimento no Mestrado em Linguagem e Ensino – UFCG – PB, que consiste em estudar a recepção de cordéis de temática social, do poeta popular mossoroense Antonio Francisco, por jovens leitores de um primeiro ano do ensino médio de uma escola da rede pública. Nesse contexto, abordamos a cultura popular como sendo uma forma de arte que pode compor juntamente com a literatura erudita, um espaço de leitura na sala de aula. Nossa pesquisa busca compreender um ensino de leitura literária em que o leitor seja elemento importante para a construção do texto. Nesse sentido, adotamos metodologias de leituras orais e compartilhadas dos folhetos A casa que A Fome mora e Um bairro Chamado Lagoa do Mato, de Antonio Francisco. Durante a experiência em sala de aula, um dos aspectos observados foi que a recepção dos alunos se deu a partir da performance e leitura oral dos cordéis e essa será a categoria enfatizada nesse artigo. Nos respaldamos nos estudos sobre a oralidade realizados por Paul Zumthor (1997; 1993). Além disso, utilizaremos os pressupostos da Estética da Recepção, baseados em Jauss (1979) e Iser (1979).

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