PENSOU TER GANHADO NA LOTERIA

PENSOU TER GANHADO NA LOTERIA

Paulo Henrique, um jovem servente de pedreiro, havia acordado cedo naquela sexta-feira ensolarada, com céu aberto e uma atmosfera agradável. No caminho para seu trabalho, Paulo dirigiu-se à banca de jornais e revistas para ler as notícias do dia e ficou impressionado ao ver o valor do prêmio que a loteria estava oferecendo. Logo em seguida, dirigiu-se à lotérica a fim de tentar a sorte. Assim, foi escolhendo de forma cuidadosa os números, sempre pensando na data de aniversário de sua esposa, o número da casa onde morava e os números do seu RG e CPF.
À noite em casa, sua esposa preparava o jantar e Paulo esperava o jornal da televisão começar. Entre uma matéria e outra, os números da loteria sorteados eram anunciados para depois dos comerciais. Sua expectativa era grande e Paulo já estava nervoso quando começaram a anunciar os números.
Paulo levou um grande susto, pois o primeiro número sorteado coincidia com a data do aniversário de sua esposa que ele havia colocado no bilhete. O segundo correspondia ao número de sua casa, o que fez chamar sua esposa para acompanhar o sorteio ao seu lado. Número após número, todos faziam com que ele chegasse à conclusão de que aquele era realmente um dia muito especial em sua vida.
No dia seguinte, fazia questão de mostrar para todos o tal “bilhete premiado”, mandando, inclusive, fazer uma moldura de vidro para colocar a prova da sua sorte grande. Ocorre que, em virtude de sua empolgação e euforia, Paulo se esqueceu de acompanhar o sorteio por completo, ou seja, comemorou a vitória antes do tempo, sem sequer imaginar que o último número sorteado não correspondia ao seu bilhete.
Tempos depois, Paulo continua acordando cedo diariamente para ir ao seu árduo trabalho. O prêmio mesmo nunca existiu, a única realidade são as contas para pagar que se acumulam em cima da televisão, mas a moldura com a cópia do seu bilhete lotérico continua estampada na sala até hoje, como forma de lembrar que é sempre bom