pensadores políticos

Maquiavel, O Princípe
Trata-se de um Manuel de política, em que ele discorre a cerca do poder e do exercício efetivo desse poder pelos homens.
Maquiavel é o primeiro pensador político moderno, pois consegue fugir das utopias para escrever com um caráter muito mais utilitário e prático, separando o mundo do ser (de facto) do dever ser (de jure).
Antes, legítimo era o mundo de facto que se pautava e obedecia aos padrões morais desse dever ser. Maquiavel inova ao tirar da política todo esse âmbito moral. Faz da função da justiça política uma função de necessidade em termos coletivos e históricos. A necessidade para a imperar sua teoria política e passa a ser a legitimidade para toda e qualquer ação política, ainda que esta seja amoral (devido as circunstâncias históricas que a Itália passava no seu processo de unificação).
Torna necessidade mão da justiça política ao separar a política da ética e descrevendo-a de fato.
Capítulo XVIII  O pensador discorre a cerca da verdade e da mentira, sem que haja a valorização de uma sob a outra, pois ambas são analisadas a partir da necessidade do homem/ animal.
*Nunca diz que “os fins justificam os meios” e sim que certos fins legítimos justificam certos meios. A condição para usar essa natureza dos animais é a perfídia dos homens, que não são todos bons.
Conclui que nem sempre é útil dizer a verdade. É necessidade do príncipe ser simulador, pois ele é fundamentalmente aparência com a finalidade de conquistar o povo. Segundo ele, “todos veem, mas poucos são os que percebem”. Com o apoio de muitos, ele consegue se proteger e legitimar suas ações, mesmo aquelas consideradas imorais.
O povo não percebe, assim, sua finalidade essencial de manter o Estado a cima dos interesses individuais, mantendo o poder do princípe (republicanismo maquiavélico).
Qualidade mais útil de aparentar ter  piedade, realidade, integridade, humanidade e religião (capítulo VI).
Virtu – é a capacidade de ação do príncipe; a capacidade humana