Pedagogia

O teatro e a educação no Brasil: De Anchieta à LDB

A chegada da Ordem dos Jesuítas ao Brasil, no século XVI, acarreta um movimento que representa no país o início da história do teatro. Mas não se pode deixar de pensar na importância da manifestação primitiva dos povos indígenas, através de seus ritos e encenações místicas. Porém, historicamente, o teatro brasileiro nasceu à sombra da religião católica, tendo como principal representante o padre jesuíta José de Anchieta. Durante os três séculos de domínio português, o teatro no Brasil oscilou entre o ouro, o governo e a Igreja católica, unindo funções lúdicas, dogmáticas e educativas. Entretanto, por questões políticas e econômicas, os jesuítas foram expulsos das colônias por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que começou a organizar a escola para servir aos interesses do Estado. Essa situação só sofreu uma mudança com a chegada da família real em 1808, momento em que são formadas algumas escolas, dentre as quais se encontra a Academia de Artes, dedicada ao ensino, produção e estudo das artes plásticas. Porém, não se percebe, nesse período, a presença do teatro na educação, nem sua utilização para fins educativos, apenas para apreciação cultural da sociedade mais favorecida. No século XX ocorreu um movimento que ficou conhecido como Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, esse foi um momento muito importante na história brasileira em que a arte obteve a atenção dos órgãos públicos, especialmente os ligados ao setor da educação. Na primeira metade do século XX, as atividades de teatro eram reconhecidas apenas quando faziam parte das atividades escolares vinculadas à celebração de datas e ao encerramento de período letivo, com a finalidade apenas da representação, em que os alunos decoravam textos e movimentos cênicos rigorosamente marcados. Entre os anos 1920 e 1970, a ênfase deslocou-se para os processos de desenvolvimento do aluno e