Pedagogia do Oprimido

843 palavras 4 páginas
“O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (...) É nesse sentido também que a dialogicidade verdadeira, em que os sujeitos dialógicos aprendem e crescem na diferença, sobretudo, no respeito a ela, é a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente éticos. É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade jamais pode ser vista como virtude, mas como ruptura com a decência. O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar."
(Pedagogia da Autonomia, 1996).

Escrito durante o exílio, quando morava no Chile, em 1968, o livro Pedagogia do Oprimido é considerado a obra mais completa e importante de Paulo Freire. Traduzida em mais de 20 idiomas, tornou-se referência para o entendimento da prática de uma pedagogia libertadora e progressista. Nela, estão os temas que sustentam a concepção freireana: conscientização, revolução, diálogo, cooperação, entre outras.
Moacir Gadotti, no livro Convite à Leitura de Paulo Freire, afirma que na Pedagogia do Oprimido a ótica de classe do autor “aparece mais nitidamente: a pedagogia burguesa do colonizador seria a pedagogia bancária. A consciência do oprimido encontra-se imersa no mundo preparado pelo opressor; daí existir uma dualidade que envolve a consciência do oprimido: de um lado, essa aderência ao opressor, essa hospedagem da consciência do dominador (seus valores, sua ideologia, seus interesses, e o medo de ser livre) e, de outro, o

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