Pedagogia da autonomia
José Murilo de Carvalho é brasileiro, natural de Andrelândia-MG. Possui uma extensa formação acadêmica, possui graduação em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (1965), mestrado em Ciência Política - Stanford University (1969) e doutorado em Ciência Política - Stanford University (1975), pós-doutorado em História da América Latina na University of London (1977). É membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Ciências. Tem dez livros publicados dentre os principais, o que trata esta resenha e também o livro A formação das almas, 1991. A presente obra é um livro que nos trás a tona o cotidiano, as agitações políticas e culturais de grande relevância após a proclamação da república, na então capital federal, o Rio de Janeiro. Discorrendo sobre a participação da população e das elites nas revoltas e nas tensões políticas que envolvem as diversas classes envolvidas bem como as linhas de pensamento que seguem. Aristides Lobo, propagandista da república diz: “o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido protagonista dos acontecimentos, assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”. Outra citação famosa é de Lois Couty, francês que naquela época já vivia há muito tempo no Brasil, ele diz: “o Brasil não tem povo. A partir destas citações o autor vai desenvolvendo ao longo do livro a problematização em torno destas citações, com argumentos que endossam e outros que desconstroem esta visão. O Rio de Janeiro era a capital federal, política e administrativa, centro das agitações do país pós-império. Os principais temas desenvolvidos na obra são: a cidadania, a participação política, a reforma estrutural da cidade, a mudança de regime político, mudanças sociais e culturais e a revolta da