Pedagogia da autonomia

2335 palavras 10 páginas
Darcy Ribeiro
(1922-1997)

Introdução

Darcy não era um só, eram vários. Como a singularidade é pobre, constituía uma pluralidade de seres em apenas um. Ao longo da vida foi pelo menos educador, antropólogo, indigenista, escritor de ficção e político. Apaixonado por tudo o que escrevia e fazia, sonhador, orador que sacudia corações e mentes, idealista que não ficava só nos ideias, construtor de sonhos na prática. Quando falamos no seu nome, podemos nos lembrar do edificador de Centros Integrados de Educação Popular (Cieps) no Rio de Janeiro, do criador de universidades (a última das quais, a Universidade Estadual do Norte Fluminense) e do exilado que viveu longo tempo fora do Brasil. Darcy não ficou satisfeito apenas como antropólogo, escritor ou educador, não era um intelectual que ficasse somente pensando e escrevendo. Exigia-se realizar. Por isso, se tornou educador e político. Assim, concebia a educação como caminho para a mudança, conforme o que aprendeu com o Anísio Teixeira. Antes e durante a carreira de Darcy, Anísio mudou a face da educação brasileira. Retornando do exílio, voltou à política, fundou o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Darcy e Brizola candidataram-se a governador e vice-governador do Estado do Rio de Janeiro nas eleições diretas de 1982. Em 1991, Darcy ocupou a sua cadeira no Senado Federal, em Brasília. Aproveitou a vida ao máximo, tinha fome e sede de viver. Honrando o seu mandato até o fim, pretendia ir a uma sessão do Senado apresentar um dos seus projetos, quando entrou em coma. Considerando-se menos vitorioso que vencido, escreveu como uma espécie de testamento espiritual: Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando e lutando, como um cruzado, pelas causas que me comovem. Elas são muitas, demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas

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