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11481 palavras 46 páginas
on the road - CORUMBÁ E UMA HISTÓRIA ADORMECIDA

Este é um relato de viagem, ao estilo on the road, de vivências e reminescências, das paisagens naturais e humanas, das histórias e estórias, não nesta ordem, da viagem que fiz a Corumbá, Mato Grosso do Sul, em 2008. Envelhecidas nos barris e porões da memória, agora elas voam soltas na esteira do papel on line.

Corumbá, quatro de janeiro de 2008. Este foi o destino escolhido e a data escolhida para mais uma viagem ao estilo on the Road. Deixar cair o relógio e imaginar o tempo apenas em seus momentos necessários e contextuais: fome, alvorecer, entardecer... se a viagem é boa, o momento inesquecível, o tempo não tem número. Somente ir e não mais voltar. E a estrada de Corumbá é uma ida, entrada, para algum lugar novo. Seja pela geografia, seja pela nomenclatura desta geografia e suas atribuições ecológicas. Enfim, de saída da cidade de Miranda, duzentos quilômetros nos separaria, trilhados em um belo asfalto e uma paisagem que iria se consolidar verdadeira: o pantanal. Nos primeiros quilômetros, o nosso golf 2002/2003, preto, totalmente preto, consumia estrada, bebia e absorvia espaço... mas não corríamos, era nossas vistas que corriam nas pastagens, pastagens sem cercas... era realmente o Pantanal. Uma espécie de império de pássaros grandes, brancos, que faziam ninhos pendurados e bebiam em grandes lagos, meio secos, mas lagos que foram um dia. E o verde deixava árvores ramosas, grandes, joshuas brasileiras, viscerais, com pássaros e mais pássaros brancos em suas copas. O painel do carro se comunicava e integrava a visão do viajante. O seu carinho com a máquina. Ser de músculos de ferro, aço e parafusos. Líquidos fluídicos percorrem o bólido, sinais elétricos perfilam instruções pelas artérias de sinais e cabos... e a máquina congratula a vitória de cada explosão em seu interior, pelo coração e pistões... e o golf preto iria contar a sua história, em outro momento, fatal e final, em outras mãos, anos

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