pavimento
Segundo a tradição, o asfalto é o mais antigo material impermeabilizante utilizado pelo homem. No livro de Gênesis, Capítulo 6, Heróis antidiluvianos, encontra-se, na história de Noé, versículo 14, a ordem do Criador: Faze para ti uma arca de madeira alisada. Fará nela uns pequenos repartimentos e betumá-la-ás por dentro e por fora.
Na Mesopotâmia, escavações revelaram o emprego do betume como aglutinante de tijolos utilizados nas construções dos muros, edifícios e no piso das ruas. Segundo também a tradição, os tijolos da Torre de Babel receberam esse tratamento.
Outras citações indicam a utilização do betume no Egito, nos trabalhos de mumificação; em Roma, na impermeabilização de aquedutos e, também, costume herdado dos gregos, era usado em grandes bolas de fogo lançadas por catapultas dentro das muralhas inimigas. Aliás, é dos gregos que nos vem a palavra asfalto, que quer dizer firme, estável. O vocabulário betume vem do sânscrito jatu-crit, que os romanos transformaram em “guitu-men” ou “pix-tumen”, que significa criador de piche.
Dessa origem etimológica, vê-se que, enquanto a palavra betume estava ligada a um corpo cujas características se enquadravam no piche : impermeabilizante e vedatória, o asfalto era qualificado como uma espécie de cimento estável que servia para aglutinar pedras e outros materiais.
Mais recentemente, utilizando asfaltos naturais provenientes de jazidas, os franceses, em 1802, os americanos em 1838, e os ingleses, em 1869, executaram pavimentações de ruas e pátios. Em 1870, os americanos construíram, em Washington D.C., o primeiro pavimento com mistura de textura fina, o sheet asphalt, também com asfalto natural.
A obtenção do asfalto da destilação do petróleo iniciou-se, nos Estados Unidos, em 1902, e sua utilização mais intensa, em serviços de pavimentação, começou em 1909, sendo as misturas dosadas por práticos que utilizavam teores de asfalto de acordo com a vivência que tinham nesse