Patrística

1 INTRODUÇÃO

O período de desenvolvimento da Filosofia Patrística vai do Séc. II ao Séc. VIII d.C. é de suma e irrevogável importância para a disseminação e fundamentação da fé cristã. Seu surgimento nasce da necessidade de organização do texto bíblico, explicação de questionamentos fundamentais como a criação do próprio homem, com a relação entre fé e ciência, com a vida moral, com a natureza de Deus e da alma contrapondo-se inicialmente à filosofia baseada somente na razão dos Gregos. Seu representante maior que se incumbiu de conciliar o cristianismo com o pensamento pagão foi Santo Agostinho, para ele Deus é a causa perfeita, explicativa de todo o ser em suas diversas naturezas e ações e suas demonstrações levam à existência divina e a suas características básicas: unidade, imutabilidade e eternidade. A tarefa fundamental dos Padres da Patrística, construtores da teologia católica era ir contra o paganismo, o hebraísmo e as heresias, delimitando a relação existente entre cristianismo e judaísmo.
A Patrística costuma ser dividida em período Pré-agostiniano que se inicia no século II e entra no início do século IV, período Agostiniano que vai do século IV ao século V e período Pós-agostiniano que compreendido entre o V o VIII séculos. Cada um dos períodos teve sua relevância justificada por representantes e suas produções da defesa da fé com o uso da razão, pois de um lado se procura interpretar o Cristianismo mediante conceitos tomados da filosofia grega, do outro se reporta ao significado que esta última dá ao Cristianismo.
Este trabalho tem como objetivo descrever de forma sucinta e clara as principais ideias e respostas aos questionamentos que ao longo do tempo a Patrística proporcionou à Igreja e consequentemente todas as pessoas. Discorrendo sobre as transformações no pensamento, a evolução, definição, contexto histórico, seus principais representantes e suas teorias, buscando correlacionar possíveis contribuições dos conhecimentos desenvolvidos no