Patrística e escolástica

1071 palavras 5 páginas
A República – Livro X

Por Ana Pismel

No livro IX, viu-se o término do percurso empreendido por Sócrates, Gláucon, Adimanto, Polemarco e os demais interlocutores a fim de saber o que é a justiça, tal como ver sua presença no interior da alma do homem. Conforme tudo o que entre eles ficou acordado, foi demonstrado que a justiça não só é mais útil ao homem que a possui, como proporciona uma vida equilibrada e prazerosa. Sócrates exprime ainda a satisfação que sente em ver com todas as conclusões ao afirmar – logo no inicio do livro X: “sobre muitas questões relativas à nossa cidade (...) tenho em mim que nós a fundamos da melhor maneira possível. Isso, porém, afirmo sobre tudo quando penso na poesia” (595 a). Sem dúvida a discussão resultou em uma concepção acerca do teor da justiça baseada nos liames de uma constituição interna da alma explorada de maneira muito engenhosa por Sócrates. No entanto, se voltarmos ao que ficou estabelecido dês de o livro II, reencontraremos a complexa questão da expulsão dos poetas da cidade perfeita. Ainda que hesitante diante do grande respeito por Homero e pelos poetas trágicos, ele menciona novamente a questão da imitação, sobre a qual fará um novo exame, dessa vez à luz das conclusões da discussão acerca da justiça e tendo a cidade perfeita e sua constituição dado a ver claramente a alma do homem. Lembremos, com efeito, que no livro II essa questão já havia aparecido: logo no inicio da fundação da cidade perfeita, Sócrates expurga dela a figura do poeta trágico devido à propagação de mitos que não estariam de acordo com a constituição da cidade. Aqui não será diferente, e é aprofundando essa posição que tudo será reexaminado. A nova roupagem dos fundamentos dessa argumentação aparece, logo de início, quando Sócrates recorre à teoria das idéias para embasar seu conceito de imitação, um dos grandes núcleos do livro X, sendo o segundo a exposição do principio de imortalidade da alma – igualmente fundamental

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