Parlamentarismo x Presidencialismo

Parlamentarismo x Presidencialismo
No confronto entre parlamentarismo e presidencialismo como sistemas de governo, não é possível apontar, definitivamente, um vencedor ou sistema superior ao outro. Somente uma análise simplista e maniqueísta poderia chegar a uma conclusão tão redutiva como essa. De fato, como revela a experiência histórica, ambos os sistemas de governo possuem suas vantagens e desvantagens, seus altos e baixos, suas histórias de sucesso e de fracasso.
De um lado, temos o regime presidencialista, onde há, em maior ou menor grau, hipertrofia do poder Executivo. Nesse sistema, o presidente é o chefe de Estado e, ao mesmo tempo, chefe de Governo. Possui prerrogativas e poderes significativos, dentre os quais podemos destacar a iniciativa para propositura de projetos de lei, sanção de projetos de lei, adoção de medidas de urgência, concessão de indultos, dentre outros.
Em contrapartida, no parlamentarismo temos uma hipertrofia do poder Legislativo. Nesse sistema, o chefe de Governo, que exerce efetivamente as funções administrativas, é o primeiro ministro do Parlamento e o chefe de Estado, que representa e personifica o país, tem funções apenas ostensivas.
Vale destacar que essas são apenas características gerais e não é possível, ou mesmo cientificamente aconselhável, apontar fórmulas ou receitas do que é o presidencialismo e o parlamentarismo. Essa simplificação ignora todas as nuances e os entrelaçamentos entre os dois sistemas que ocorrem nos regimes de cada país, ora sob o rótulo de presidencialismo, ora denominado parlamentarismo. Como exemplo, podemos citar o próprio Brasil, que se identifica como presidencialista, mas possui institutos comuns ao parlamentarismo (como a possibilidade de impeachment). Ou ainda a França, que é costumeiramente rotulada como parlamentarista, mas possui um presidente mais forte do que o parlamento em diversas ocasiões. Essas duas experiências (Brasil e França), são ainda substancialmente diferentes daquelas