Parkinson

Doença de Parkinson.

Conceito

A doença de Parkinson foi descrita primeiramente por James Parkinson em 1817 e classificada por ele como “paralisia agitante”. A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa crônica, lentamente progressiva, que se caracteriza por morte dos neurônios produtores de dopamina na parte compacta da substância negra. A morte destas células causa diminuição da dopamina que é o principal neurotransmissor responsável por coordenar e controlar os movimentos automáticos.

Incidência

A DP é a terceira doença neurológica mais comum. É uma doença degenerativa, lentamente progressiva que afeta 1 a cada 1.000 habitantes, de ambos os sexos, e 1 a cada 100 habitantes com mais de 75 anos. A idade de início é variável, por volta de 58 anos, mas indivíduos jovens não estão isentos.
Dados epidemiológicos recentes baseados em comunidades sugerem que a DP possa ser mais prevalente na Europa e na América do Norte do que alguns outros países, tais como África e China.

Fisiopatologia

Sob o ponto de vista neuroquímico, a DP é caracterizada por uma alteração da via dopaminérgica central da substância negra até o estriado. Além de uma redução de dopamina, a DP é caracterizada por perda neural e despigmentação da substância negra no nível da pare compacta com consequentes alterações na condução neural da via nigroestriatal. Degeneração neural também é evidente nos núcleos de rafe, e no núcleo motor do vago.
Aproximadamente 80% dos neurônios dopaminérgicos nigroestriatais são perdidos antes que os sintomas se tornem evidentes. Em 80%dos casos, corpos de Lewy (inclusões intracitoplasmáticas) podem ser observados no córtex e na medula espinhal, mas não são especificamente indicativos de DP. A gravidade das alterações na substância negra relaciona-se diretamente com a redução de dopamina estriado. Embora a perca de dopamina no estriatal seja considerada a principal responsável pelos sintomas da DP, existe também a depleção de