Paraíso e utopia geografia mítica e escatológica
1. A Moda do Messianismo1: ―Investigação sobre os messianismos de origens judaica-cristã, desde o início da nova era até ao Renascimento e à Reforma, e as obras sobre as implicações religiosas as descobertas geográficas e da colonização, principalmente a colonização das duas Américas‖. (p. 111); O interesse dos estudiosos americanos pelos movimentos milenaristas e as utopias torna-se um dos traços característicos do pensamento ocidental contemporâneo, contendo razões múltiplas para justificar essas investigações; Curiosidade levantada pelos cultos messiânicos que movimentaram as sociedades primitivas nas últimas décadas do período colonial; Investigação da importância dos movimentos proféticos na Europa medieval; ―Descoberta e colonização do Novo Mundo teve lugar sob o signo da escatologia2‖. (p. 112); Necessidade de se descobrir as origens, os primórdios da América, justificada pelo ―desejo de começar de novo, a nostalgia pelo paraíso terrestre que os antepassados das nações americanas buscavam ao atravessar o Atlântico‖. (p. 113); ―Tudo isto revela o desejo de reencontrar as origens religiosas, e logo uma história primordial, dos recentes estados tians atlânticos. Mas a importância do fenómeno é ainda mais complexa‖. (p. 113); ―Apontarei os elementos es catológicos e paradisíacos da colonização da América do Norte pelos pioneiros e da progressiva transformação do «Paraíso Americano», que deram origem ao mito do progresso infinito, ao optimismo americano e ao culto da juventude e da novidade. Depois, considerarei uma tribo brasileira, os TupiGuaranis que, na altura da descoberta da América do Sul, já tinham começado a cruzar o Oceano Atlântico em busca de um paraíso‖. (p. 113); 2. Em Busca do Paraíso Terrestre ―Cristóvão Colombo não tinha dúvidas de estar prestes a alcançar