Paravrase

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A geração sem palavras

Pensadores criteriosos e mentes lúcidas têm se preocupado com o problema; que não é apenas nacional, mas de todo mundo, a dificuldade crescente da dialogação, não se fala mais, trocam-se sinais estereotipados e lacônicos . Quando se procura a comunicação direta, rápida e clara, perdem-se sutilezas do pensamentos. A entropia é bem um fenômeno característico da era da cibernética, comunicação alarga horizontes, generaliza a informação e com isto perde-se parte do mistério. O homem continuará seu caminho, há pelo mundo gurus preocupados com a decrescente espiritualidade e pregam a meditação diária, cada época tem sua carência seu ponto nevrálgico. As catástrofes se arrastam, os jornais nos olham sangrentos e cansados, nas suas manchetes repetidas. Num filme de ficção científica, o grande poder manda destruir os livros de literatura; era já chegada a época da máquina, alguns homens; os últimos que ainda reagiam, decoravam então as obras imortais, antes de destruí-las; hoje já chegamos a uma época em que os romancistas e os poetas são olhados como e os poetas são olhados como criaturas obsoletas, de priscas eras. Só a boa literatura poderá evitar o trágico final desta mecanização. A Arte, e dentro dela, a literatura, é talvez a mais poderosa arma para evitar o esclerosamento, para manter o homem vivo, sangue, carne, nervos, sensibilidade; para fazê-lo sofrer, angustiar-se, sorrir e chorar. E ele terá então a certeza de que ainda está vivo. A Literatura é o retrato vivo da alma humana; é a presença do espírito na carne, às vezes se desespera, mostrando que todo ser humano é igual e que toda dor parece ser a única; é ela que ensina aos homens os múltiplos caminhos do amor. A moléstia é real os sintomas são claros, a síndrome está completa: o homem continua cada vez mais incomunicável, está “desaprendendo” a falar, usando somente o linguajar básico, essencial e os gestos. Quem não lê, não escreve, assim, o homem do século XX ,

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