Paradigmas E Trajet Rias Tecnol Gicas

Paradigmas e Trajetórias Tecnológicas – Rovere
1-O progresso tecnológico e a concentração da visão tradicional
O processo de geração e difusão das inovações seria o principal fator determinante dos chamados ciclos longos do capitalismo. Na época em que esses conceitos foram desenvolvidos, a teoria econômica convencional tratava o progresso técnico resultante da adoção de inovações como um elemento exógeno ao sistema econômico
(inovações são geradas exogenamente).
1.1 - Inovações determinadas pela oferta - Nessa perspectiva teórica, os autores discutiam se o progresso técnico era determinado pelo lado da oferta, principalmente através da dinâmica de inovações determinada pelo avanço do conhecimento cientifico e pelas atividades de P&D industriais.
1.2 - Inovações determinadas pela demanda – através as preferências indicadas pelos consumidores.
2 – O progresso tecnológico e a concepção neoschumpeteriana
A novidade introduzida pelos autores neo-schumpeterianos foi mostrar que esta divisão entre oferta e demanda era falaciosa, uma vez que na visão destes autores, o progresso técnico resulta do desenvolvimento de inovações que dependem não apenas da natureza do setor em que as inovações são geradas ou adotadas como também de fatores instuticionais. Dado um determinado fluxo de inovações, sua adoção irá depender do ambiente competitivo da empresa, que é um ambiente seletivo, uma vez que a empresa irá decidir a respeito da adoção de inovações, tendo em vista taxa de lucros praticada no ramo industrial no qual ela se situa das condições do investimento e das condições de imitação das inovações.
Na abordagem neo-schumpeteriana o progresso técnico é, portanto, considerado como um elemento que afeta o processo de crescimento econômico, ao introduzir transformações nos sistemas socioeconômicos que alteram as estratégias produtivas das empresas. Essas transformações são condicionadas tanto por aspectos internos, inerentes ao avanço especifico do conhecimento tecnológico