paradigmas da ciência política

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Desde os primórdios, a ciência política abarcava um embate teórico entre duas formas de abordagem da disciplina, a institucional e a comportamental. Essa oposição entre as duas correntes pode ser sintetizada pela seguinte questão: “o comportamento dos atores é determinado por alguma racionalidade endógena ou, de maneira inversa, por algum tipo de restrição exógena que delimita o contexto da tomada de decisões?” (PERES, p. 1). Após duas revoluções de paradigma, uma nova forma de abordagem passou a se destacar nesse âmbito, o neo-institucionalismo.
A primeira revolução de paradigma da ciência política se deu como uma espécie de negação do antigo institucionalismo, que buscava analisar as constituições dos diversos países de acordo com a ideia de bem comum, comparando-as entre si, ressaltando os benefícios e defeitos de cada uma. Dentro dessa corrente teórica encaixam-se importantes autores, desde Aristóteles, passando por Locke e Montesquieu com o contratualismo moderno até Tocqueville e Bagehot. Porém, tal abordagem de natureza formal não era capaz de explicar os novos fenômenos políticos que começaram a surgir na década de 30, como o nazismo, o fascismo, as crises do liberalismo e de representação e etc. Desse modo, após a segunda guerra mundial, ocorreu uma ruptura epistemológica: o foco da investigação da ciência política passou a contemplar os atores políticos, seus valores e comportamento, não mais as instituições jurídicas e administrativas. Esse ocorrido ficou conhecido como revolução comportamentalista.
O comportamentalismo, também conhecido como behaviorismo, enfatiza a dinâmica real da política. Ele trouxe para a disciplina uma perspectiva multidisciplinar, promovendo a restauração da unidade entre as ciências sociais, já que foi capaz de trazer a tona um ponto de interesse em comum para todas essas áreas: o comportamento humano. Para essa corrente é muito mais importantes entender como os seres humanos influenciam os processos governamentais do que o

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