Paradgima Culturológico

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PARADIGMA CULTUROLÓGICO
Este paradigma tem como proposta compreender de que forma a cultura de massa influencia as estruturas da sociedade, bem como a vida social dos indivíduos e dos grupos coletivos. Esse entendimento se faz possível a partir da base nos conceitos neo-marxistas, numa aproximação com a antropologia cultural e a análise estrutural. Serão estudados dentro desse paradigma: a Escola Francesa e a Escola Britânica dos Estudos Culturais.
(TEMER; NERY, 2009, p. 99).
Nesse paradigma, destacamos os principais conceitos-chave: a cultura como sistema, a estrutura, mediação, a cultura como repertório e a cultura como poder. Esses conceitos são importantes porque a comunicação depende da cultura e vice-versa. Para se comunicar com um público, se faz preciso conhecer sua cultura, o seu repertório, e assim o sistema cultural poderá ser utilizado como uma forma de persuasão, além disso, a estrutura auxilia a refletir como será produzida essa comunicação, e quais etapas devem ser pensadas antes do ato comunicativo.

A ESCOLA FRANCESA
O sociólogo Georges Friedmann funda em 1960, o Centro de Estudos das Comunicações de Massa (CECMAS), dentro da Escola Prática de Altos Estudos, na França. Esse centro surge como o primeiro esforço de se estruturar um local de pesquisa sobre a comunicação naquele país, isso porque naquele momento a pesquisa em comunicação tinha uma grande influência dos estudos produzidos pelos norte-americanos. O CECMAS tem como intenção analisar as relações existentes entre a sociedade e as comunicações de massa. (MATTELART, 2003, p. 90-91).
Um autor importante dessa escola, e considerado como um marco inicial essa corrente teórica, é Edgard Morin, em especial pela publicação da obra O Espírito do Tempo, em 1962. Morin propõe a elaboração de uma sociologia da cultura, na qual a cultura de massa seria visualizada como parte da cultura da sociedade. Segundo ele, a cultura de massa forma um sistema de cultura com um conjunto de símbolos,

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